Adolescência e gravidez, quando ocorrem juntas, podem acarretar sérias
consequências para todos os familiares, mas principalmente para os
adolescentes envolvidos, pois envolvem crises e conflitos. O que
acontece é que esses jovens não estão preparados emocionalmente e nem
mesmo financeiramente para assumir tamanha responsabilidade, fazendo com
que muitos adolescentes saiam de casa, cometam abortos, deixem os
estudos ou abandonem as crianças sem saber o que fazer ou fugindo da
própria realidade.
O início da atividade sexual está relacionado ao contexto familiar,
adolescentes que iniciam a vida sexual precocemente e engravidam, na
maioria das vezes, tem o mesmo histórico dos pais. A queda dos
comportamentos conservadores, a liberdade idealizada, o hábito de
“ficar” em encontros eventuais, a não utilização de métodos
contraceptivos, embora haja distribuição gratuita pelos órgãos de saúde
públicos, seja por desconhecimento ou por tentativa de esconder dos pais
a vida sexual ativa, fazem com que a cada dia a atividade sexual
infantil e juvenil cresça e consequentemente haja um aumento do número
de gravidez na adolescência.
A gravidez precoce pode estar relacionada com diferentes fatores, desde
estrutura familiar, formação psicológica e baixa autoestima. Por isso, o
apoio da família é tão importante, pois a família é a base que poderá
proporcionar compreensão, diálogo, segurança, afeto e auxílio para que
tanto os adolescentes envolvidos quanto a criança que foi gerada se
desenvolvam saudavelmente. Com o apoio da família, aborto e dificuldades
de amamentação têm seus riscos diminuídos. Alterações na gestação
envolvem diferentes alterações no organismo da jovem grávida e sintomas
como depressão e humor podem piorar ou melhorar.
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